quarta-feira, 7 de setembro de 2011

São João da Ponta homenageia o UCA

São João da Ponta na Era digital. Esse foi o tema do desfile de 7 de Setembro da escola de Ensino Fundamental Antonia Rosa. A escola fez uma homenagem a um ano de implantação do projeto Uca Total no município, que fica na região Nordeste do Pará. Vários pelotões trataram da inclusão digital, do bom e do mau uso da internert; ditados populares na era digital; comunicação, pesquisa, MSN, twiter, Orkut, youtube, facebook; pornografias, games virtuais e plágio.


O desfile revela a importância do UCA para uma cidade que não conhecia o mundo virtual antes da implantação do projeto, que tem parceria com o governo federal, estadual e municipal. A internet, através do “Navega Pará”, possibilita esse mundo de descoberta vivenciada em um ano de projeto.

Acompanhei o desfile com bastante interesse já que o UCA é o tema da minha pesquisa de mestrado. As fotos e imagens em vídeo foram feitas por mim e membros da minha família.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

UCA Total


Estou pesquisando a implantação do Projeto Um Computador por Aluno (UCA), projeto do governo federal, em parceria com Estados e Municípios. No Pará o Município de São João da Ponta foi contemplado com o UCA Total, onde todos os 1.923 alunos da rede estadual e municipal receberam um laptop educacional e a cidade recebeu o sinal do NavegaPará.

Além daquele município, outras cidades paraenses, como, Abaetetuba, Belém, Cachoeira do Arari, Conceição do Araguaia, Faro, Limoeiro do Ajuru, Santa Cruz do Arari e Santarém, também participam do projeto, com apenas uma escola cada.

O Projeto possui um site oficial (www.uca.gov.br) contendo as informações de todas as fases de implantação. Gostaria de saber a opinião das pessoas que estão acompanhando esse projeto nos municípios. Minha pesquisa é em São João da Ponta e pretendo disponibilizar o resultado assim que a dissertação estiver concluída. Participe.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Postagem com Imagem

Minha Primeira Postagem

A ARTE DE PRODUZIR FOME - RUBEM ALVES
Uma enorme lição de ensinar!

Adélia Prado me ensina pedagogia. Diz ela: "Não quero faca nem queijo; quero é fome". O comer não começa com o queijo. O comer começa na fome de comer queijo. Se não tenho fome é inútil ter queijo. Mas se tenho fome de queijo e não tenho queijo, eu dou um jeito de arranjar um queijo...
Sugeri, faz muitos anos, que, para se entrar numa escola, alunos e professores deveriam passar por uma cozinha. Os cozinheiros bem que podem dar lições aos professores. Foi na cozinha que a Babette e a Tita realizaram suas feitiçarias... Se vocês, por acaso, ainda não as conhecem, tratem de conhecê-las: a Babette, no filme "A Festa de Babette", e a Tita, em "Como Água para Chocolate". Babette e Tita, feiticeiras, sabiam que os banquetes não começam com a comida que se serve. Eles se iniciam com a fome. A verdadeira cozinheira é aquela que sabe a arte de produzir fome...
Quando vivi nos Estados Unidos, minha família e eu visitávamos, vez por outra, uma parenta distante, nascida na Alemanha. Seus hábitos germânicos eram rígidos e implacáveis.
Não admitia que uma criança se recusasse a comer a comida que era servida. Meus dois filhos, meninos, movidos pelo medo, comiam em silêncio. Mas eu me lembro de uma vez em que, voltando para casa, foi preciso parar o carro para que vomitassem. Sem fome, o corpo se recusa a comer. Forçado, ele vomita.
Toda experiência de aprendizagem se inicia com uma experiência afetiva. É a fome que põe em funcionamento o aparelho pensador. Fome é afeto. O pensamento nasce do afeto, nasce da fome. Não confundir afeto com beijinhos e carinhos. Afeto, do latim "affetare", quer dizer "ir atrás". É o movimento da alma na busca do objeto de sua fome. É o Eros platônico, a fome que faz a alma voar em busca do fruto sonhado.
Eu era menino. Ao lado da pequena casa onde morava, havia uma casa com um pomar enorme que eu devorava com os olhos, olhando sobre o muro. Pois aconteceu que uma árvore cujos galhos chegavam a dois metros do muro se cobriu de frutinhas que eu não conhecia.
Eram pequenas, redondas, vermelhas, brilhantes. A simples visão daquelas frutinhas vermelhas provocou o meu desejo. Eu queria comê-las.
E foi então que, provocada pelo meu desejo, minha máquina de pensar se pôs a funcionar. Anote isso: o pensamento é a ponte que o corpo constrói a fim de chegar ao objeto do seu desejo.
Se eu não tivesse visto e desejado as ditas frutinhas, minha máquina de pensar teria permanecido parada. Imagine se a vizinha, ao ver os meus olhos desejantes sobre o muro, com dó de mim, tivesse me dado um punhado das ditas frutinhas, as pitangas. Nesse caso, também minha máquina de pensar não teria funcionado. Meu desejo teria se realizado por meio de um atalho, sem que eu tivesse tido necessidade de pensar. Anote isso também: se o desejo for satisfeito, a máquina de pensar não pensa. Assim, realizando-se o desejo, o pensamento não acontece. A maneira mais fácil de abortar o pensamento é realizando o desejo. Esse é o pecado de muitos pais e professores que ensinam as respostas antes que tivesse havido perguntas.
Provocada pelo meu desejo, minha máquina de pensar me fez uma primeira sugestão, criminosa. "Pule o muro à noite e roube as pitangas." Furto, fruto, tão próximos... Sim, de fato era uma solução racional. O furto me levaria ao fruto desejado. Mas havia um senão: o medo. E se eu fosse pilhado no momento do meu furto? Assim, rejeitei o pensamento criminoso, pelo seu perigo.
Mas o desejo continuou e minha máquina de pensar tratou de encontrar outra solução: "Construa uma maquineta de roubar pitangas". McLuhan nos ensinou que todos os meios técnicos são extensões do corpo. Bicicletas são extensões das pernas, óculos são extensões dos olhos, facas são extensões das unhas.
Uma maquineta de roubar pitangas teria de ser uma extensão do braço. Um braço comprido, com cerca de dois metros. Peguei um pedaço de bambu. Mas um braço comprido de bambu, sem uma mão, seria inútil: as pitangas cairiam.
Achei uma lata de massa de tomates vazia. Amarrei-a com um arame na ponta do bambu. E lhe fiz um dente, que funcionasse como um dedo que segura a fruta. Feita a minha máquina, apanhei todas as pitangas que quis e satisfiz meu desejo. Anote isso também: conhecimentos são extensões do corpo para a realização do desejo.
Imagine agora se eu, mudando-me para um apartamento no Rio de Janeiro, tivesse a idéia de ensinar ao menino meu vizinho a arte de fabricar maquinetas de roubar pitangas. Ele me olharia com desinteresse e pensaria que eu estava louco. No prédio, não havia pitangas para serem roubadas. A cabeça não pensa aquilo que o coração não pede. E anote isso também: conhecimentos que não são nascidos do desejo são como uma maravilhosa cozinha na casa de um homem que sofre de anorexia. Homem sem fome: o fogão nunca será aceso. O banquete nunca será servido.
Dizia Miguel de Unamuno: "Saber por saber: isso é inumano..." A tarefa do professor é a mesma da cozinheira: antes de dar faca e queijo ao aluno, provocar a fome... Se ele tiver fome, mesmo que não haja queijo, ele acabará por fazer uma maquineta de roubá-los. Toda tese acadêmica deveria ser isso: uma maquineta de roubar o objeto que se deseja...
http://rubemalves.wordpress.com/category/a-arte-de-produzir-fome/

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Projeto UCA - Experiencia de são João da Ponta no Pará

Este será o tema da minha tese de mestrado. Este blog será uma ferramenta de registro na construção do trabalho.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Universidade de Évora

Nesta quinta-feira, dia 20 de janeiro, a turma assistiu a uma palestra com a professora doutora Sara Marques Pereira, historiada e pesquisadora da Universidade de Évora, que falou sobre a fundação da Universidade, desde 1559.
A professora nos proporcionou uma viagem no tempo. Falou do cardeal Dom Fernando, que obteve autorização do Papa para instalar a Universidade e o mesmo iniciou a construção do primeiro prédio, exclusivamente para ser uma universidade. Dom Fernando acumulava a condição de Rei, após o desaparecimento de Dom Sebastião.
Sob o comando dos Jesuítas, a Universidade funcionou até 1759, quando foi fechada por Marquês de Pombal, no rastro da expulsão dos jesuítas de Portugal. Apesar de todas as mudanças políticas, o espaço nunca deixou de ser utilizado como uma instituição de ensino. Foi um colégio, um liceu, um Instituto Universitário, até voltar a ser Universidade.
Passou pela realeza, republica, estado novo (ditadura de Salazar), mas resistiu como um sítio de construção do conhecimento. Também nos foi proporcionada uma visita, coordenada pela professora Sara, nos principais espaços físicos da Universidade.
Ela nos guiou e discorreu a cerca de algumas preciosidades do acervo arquitetônico e patrimonial do edifício-sede. O que chama muito atenção no prédio são as imensas colunas de mármore, os arcos, os azulejos e o sistema de captação de água de água da chuva.
A visita foi muito importante para a turma de mestrado de Belém, Pará. Porém mais importante do que o espaço físico é a certeza que homens e mulheres construíram e estão a construir um templo do conhecimento, que tem muito a ver com a evolução da humanidade.

Célia França, 21/01/2011



quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Diretor da Escola de Ciências Sociais

Monica, Célia, Professor Luis, Professor Manuel Parício e Paulo Roberto.


postado em 21/01/2011 11:58 por O Educador BR

"Transmitam as autoridades do Pará que a Universidade de Évora está aberta a todos os paraenses. E eu espero que vocês possam tirar o melhor proveito da nossa universidade." Com essas amáveis palavras, o professor José Alberto Gomes Machado, diretor da Escola de Ciências Sociais da Universidade de Évora, a qual está ligado o Departamento de Educação e Pedagogia, recebeu a representação dos alunos de Belém. O encontro aconteceu no prédio secular da Uévora e foi acompanhado pela coordenadora do mestrado em Ciências da Educação, professora Marília Cid. Os representantes do Pará foram os mestrandos Genário Barbosa Oliveira, Joanilson Silva, Daniel Passinho e Paulo Ferreira.
(Paulo Roberto Ferreira)



20/01/2011.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Encontro com Manuel Patrício

Postado em 18/01/2011 11:15 por http://www.oeducador.tk/

Estar em Évora nos proporcionou a oportunidade encontrar e trocar dois dedos de prosa com o doutor Manuel Ferreira Patrício, ex-reitor da Universidade de Évora e criador da Escola Cultural. Ele nos foi apresentado pelo professor Luís Sebastião, que se referiu a Patrício como alguém no mesmo nível do grande educador brasileiro, Paulo Freire.

O encontro aconteceu nesta terça-feira, dia 18/01, logo após a defesa de dissertação da mestranda Edna Rildete Almeida da Silva, que integra a Turma A do mestrado Évora/Belém. Manuel Patrício é doutor em Ciência da Educação e autor do livro a Escola Cultural - Horizonte Decisivo da Reforma Educativa, Texto Editora, 1990.

Mais informação nos seguintes sítios:

www.acad-ciencias.pt; www.portoeditora.pt; www.ueline.uevora.pt
Paulo Roberto Ferreira – 18/01/2011

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Mestrado na Universidade Évora - Portugal

Évora é história e conhecimento


Estar na cidade de Évora é a realização de um sonho para a maioria dos 35 alunos de mestrado, turma C, que se deslocou de Belém, no norte do Brasil, para Portugal. Aqui tudo evoca história. A começar pelas muralhas, que lembram os vestígios da guerra entre Portugal e Espanha.

Muito antes disso, entretanto, a presença do grande império romano está marcada em Évora, através do único monumento dos césares erguido em Portugal. O Templo de Diana tem colunas corintias e fica próximo do Palácio dos Duques do Codoval, cuja imponente torre desperta o interesse de qualquer turista.

Não é a toa que a cidade Évora faz parte do patrimônio mundial da Unesco, o órgão das Organizações das Nações Unidas para a ciência e a cultura. Faz parte desse riquíssimo acervo o prédio da Universidade de Évora, que foi fundada em novembro de 1559, o segundo estabelecimento universitário de Portugal. O primeiro foi a Universidade de Coimbra, em 1537.

Percorrer os imensos corredores do edifício mais antigo da Universidade de Évora nos leva a imaginar o esforço dos operários que trabalharam na construção das colunas e arcos do prédio, que foi administrado, durante 200 anos pelos jesuítas. O púlpito, onde lecionavam os catedráticos, nos remete para um tempo onde o saber e o conhecimento eram transmitidos, literalmente de cima para baixo, sem questionamento e voltado para os filhos dos nobres e protegidos da realeza.

Hoje, no início do século 21, circular entre prédios históricos, mas sobretudo interagir com os portugueses, seja na universidade, seja nos restaurantes, bares, cafés e lojas, completa o quadro da rica experiência que estamos vi vendo, desde o dia 9 de janeiro e que vai se prolongar até o dia 12 de fevereiro.

Assim como o império romano impôs o latim ao seu vasto domínio, o império português, também impôs a sua língua a um vasto território, que inclui os continentes americano, africano e asiático. Essa língua bela e rica é que nos faz conviver, sem muitos atropelos com nossos irmãos de Évora.

Mais do que o sonho de conhecer um cantinho da Europa, o que move a todos é o forte desejo de qualificar o nosso conhecimento, para contribuir com a Educação em nosso querido Estado do Pará.

Que a nossa presença aqui seja proveitosa para todos nós.

Paulo Roberto Ferreira